Em 1992 Rosana lança mais um disco pela Sonymusic, agora tendo como produtor musical, Michael Sullivan e o título não poderia ser diferente: Paixão. “Nesse disco usei mais o meu lado de intérprete, mexi em várias músicas para coloca-las à minha maneira de cantar. Coloquei esse título porque tudo que se faz com amor dá bons frutos e é isso o que mais me importa.”, frisou a cantora. Este novo período na carreira de Rosana ela define como reflexivo em sua vida, fazendo com que colocasse nesse disco algo que aprendeu ouvindo Gladys Night, Janis Joplin e Donna King. Sempre inovando, Rosana regravou o maior sucesso de Márcio Greick nos anos 70, “Impossível acreditar que perdi você”, em que no início da música a “deusa” solta seus agudos deixando o público mais uma vez perplexo com seu potencial vocal. “Gravei essa música porque a acho maravilhosa e pela força que tem ao falar para um povo tão sofrido como o nosso”. Rosana considera o disco que fala do comportamento feminino, o da mulher independente que não se reprime diante os relacionamentos e insistiu para poder cantar com Sandra de Sá (foto), uma das suas cantoras preferidas, então gravaram juntas a canção “Coisas do amor”. “Essas faixas dão uma amostra que “Paixão” não é tão feminino quanto o anterior “Doce Pecado” e sim feminista”, explica. Cláudio Rabello fez uma versão para “Blame in to the Boogie - De pé ou de joelhos”, sucesso gravado inicialmente pelos “The Jackson” e Carlos Colla “Senza una donna - Sou minha dona”, havendo espaço para duas canções em que Rosana é co-autora, “Fique um pouco mais” em parceria com o também escritor Paulo Coelho e o dance sensual de linguagem romântica chamado “Duas vidas”. A consagrada dupla Sullivan e Massadas compuseram as baladas “Linha da vida” e “Por mim”; já em “Tempos felizes”, a cantora diz ser uma música chiquérrima, além do solo de gaita do Milton Guedes para “Só depende de nós dois”. Um fato inusitado durante a gravação deste disco, Rosana soube que um fã teria tatuado seu rosto no braço esquerdo de forma definitiva. Daí, Rosana e Michael Sullivan decidiram que o fã e modelo Thelso Gaetner, iria ser fotografado junto a ela para a composição da capa do disco. “Levei um susto quando vi meu rosto tatuado no braço dele, mas o Sullivan quis que ele fotografasse comigo de qualquer jeito, então ele virou capa do disco”, alega a cantora. Para Thelso Gaetner, foi um momento emocionante, “ganhei um belo presente !”; é, a paixão tem dessas coisas... A versatilidade é algo muito positivo na carreira de Rosana, prova disso foram os trabalhos paralelos que realizou durante os anos de 91 e 92, recebendo convite para uma participação especial no disco do grupo de hip-hop “Os Magrelos”, em que a deusa" soltou seus agudos na música “Mexa-se (venham dançar)”, cujo clip foi exibido com sucesso na MTV Brasil. Já no ano de 1992, Rosana e o músico André Christóvam fizeram um show no Dama Xoc (São Paulo), para homenagear a cantora norte-americana e roqueira Janis Joplin , uma das suas cantoras preferidas. "Cantei rock na época da banda Casanova's e a Janis tem um timbre parecido com o meu". Rosana escolheu as músicas do show que foram aprovadas por André e estudou o repertório durante três semanas. No palco, descontraída, cantou: Mercedes Benz, Maybe, Try (Just a little bit harder), Little girl blue, Me and Bobby McGee, Summertime e Move over. "Nunca pensei que fosse tocar com Rosana e não sabia que ela era fissurada em blues e rock, foi a melhor cantora escolhida" - ratificou André Christóvam.
Fonte:Rosanet
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