Música de Fundo:Tema da Novela Salve Jorge

Million Miles - Jason Mraz

sábado, 23 de outubro de 2010

O Grito


O Grito foi uma telenovela brasileira, produzida pela Rede Globo e exibida de 27 de outubro de 1975 a 30 de abril de 1976, às 22 horas. Escrita por Jorge Andrade e dirigida por Walter Avancini, Gonzaga Blota e Roberto Talma, contou com 125 capítulos.
































































































































































































































































































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A novela retrata a vida em uma grande metrópole e as neuroses e angústias do homem moderno, a partir dos conflitos entre os habitantes de um edifício de São Paulo. Localizado no centro da cidade, em um terreno que no passado abrigava a mansão de uma família de paulistas quatrocentões, o Edifício Paraíso, de onze andares, foi projetado para ser um exemplo de requinte e sofisticação acessível apenas à elite: dois apartamentos por andar e piscina na cobertura. Durante sua construção, foi inaugurado o Elevado Costa e Silva, o famigerado “Minhocão”, viaduto que ultrapassava a altura dos dois primeiros andares do prédio. Para atenuar os prejuízos da desvalorização do imóvel, Edgard (Leonardo Villar), o proprietário, determina que a planta original seja alterada e os andares inferiores, divididos em apartamentos de quarto-e-sala. Assim, na cobertura, há um amplo e luxuoso duplex ocupado por Edgard e sua esposa Mafalda (Maria Fernanda); abaixo deles, apartamentos de três quartos do 9º ao 3º andar, e 12 pequenos apartamentos nos dois andares inferiores, muitos alugados, outros vazios. Como resultado, o edifício se tornou uma espécie de pirâmide social, em que os ricos ocupam a posição superior e outros moradores, com situações financeiras entre modestas e precárias, se distribuem ao longo do prédio.
- O relacionamento entre os habitantes de classes sociais estanques no mesmo prédio é limitado. Os moradores do Edifício Paraíso têm em comum apenas sua cota de dramas pessoais e o total desinteresse em se relacionar com o próximo. Entre outros habitantes do prédio, estão o antropólogo Gilberto (Walmor Chagas) e sua mulher, a pintora Lúcia (Isabel Ribeiro); o síndico Otávio (Edson França), um homem preconceituoso e intolerante; a atriz decadente Débora (Teresa Rachel); Carmem (Yara Cortes), uma viúva religiosa e severa; a prostituta Kátia (Yoná Magalhães), uma das sobreviventes do incêndio que destruiu o edifício Joelma, em 1974; a estudante de comunicação Marina (Françoise Fourton) e seu namorado, Rogério (João Paulo Adour); Agenor (Rubens de Falco), um jovem bancário que tenta esconder dos seus pais, Branca (Ida Gomes) e Sebastião (Castro Gonzaga), a sua homossexualidade; e a ex-freira Marta (Glória Menezes), mãe de Paulinho (Marcos Andreas), um menino de 11 anos, deficiente mental.
- Paulinho torna-se o pivô do conflito que movimenta a trama. Ele emite gritos angustiados durante a madrugada, tão alto que é ouvido por todos os vizinhos. O grito de Paulinho obriga os moradores a deixar de se ocupar apenas com seus problemas pessoais para tomar consciência da dor alheia, o que incomoda muitos deles. Um grupo decide se organizar para expulsar mãe e filho do prédio. Estabelece-se então uma tensão entre eles e os poucos moradores que se colocam ao lado de Marta e Paulinho. Marta resiste bravamente à pressão dos vizinhos e a cada reunião do condomínio ganha mais aliados.
- Em certo momento da trama, o interceptador do prédio desaparece misteriosamente. Como o aparelho permite que as ligações telefônicas sejam monitoradas, se instala um clima de paranóia e desconfiança por parte de todos. Vários moradores acabam por denunciar pequenos delitos e desvios uns aos outros. Os dramas de cada um vão se tornando cada vez mais visíveis. Nos capítulos finais da novela, Estela (Lídia Brondi), filha de Edgard e Mafalda, é seqüestrada, e Paulinho adoece gravemente. Esses dois fatos, somados ao roubo do interceptador, contribuem para que os vizinhos se unam cada vez mais e passem a ser mais tolerantes entre si.
- O detetive Sérgio (Ney Latorraca), policial encarregado do seqüestro de Estela, desvenda o crime graças ao auxílio do ladrão do interceptador. Este lhe entrega o aparelho e relata uma conversa que ouviu entre os seqüestradores e Edgard. Assim, Sérgio resgata Estela e mata o seqüestrador. O detetive, no entanto, se recusa a revelar para os moradores do prédio o nome do ladrão do interceptador.
- No capítulo final de O grito, há uma reunião entre todos os condôminos, durante a qual vários personagens assumem a autoria do roubo do interceptador, por diferentes razões. Marta diz que roubou o aparelho para levar os vizinhos a pensar que agora alguém ouvia todos os “gritos” deles, tão incômodos quanto os do filho dela. Gilberto diz que queria ajudar Marta e ter a chance de estudar, como antropólogo, o comportamento dos vizinhos. Otávio diz que queria impedir que o prédio ficasse desvalorizado com a polêmica em torno de Marta e Paulinho e por isso cometeu o roubo, para depois incriminar a vizinha. De todos os presentes na reunião, apenas Sérgio sabe a real identidade do ladrão, mas ele decide encerrar o inquérito sem processá-lo argumentando que ele acabou prestando um grande serviço a todos ao ajudar a resgatar a filha de Edgard.
- No meio da reunião, Marta é avisada que Paulinho morrera durante o sono. Todos os moradores se unem para providenciar o velório e a cremação do menino. Durante a cerimônia, cada um deles relembra a própria infância e se arrepende dos seus atos.
- Marta decide espalhar as cinzas do filho por todos os bairros em que viveu e foi expulsa durante os anos. Na cena final, ela sobrevoa São Paulo de helicóptero, atirando punhados de cinzas sobre a cidade. Gritos idênticos aos de Paulinho são ouvidos enquanto a câmera passeia por sobre os prédios. Na tela, surgem as palavras: “E a semente vai germinar, brotar, crescer, florescer e dar frutos”.



Elenco:
Antonio Ganzarolli-Investigador
Carmem Alvarez
Carmem Nonegal-Cleide
Castro Gonzaga-Sebastião
Chica Xavier-Lazara
Cosme dos Santos-Jairo
Edson França-Otávio
Elizabeth Savalla-Pillar
Eloísa Mafalda-Socorro
Esther Mellinger-Dolores
Flávio Migliaccio-Osvaldo
Françoise Forton-Marina
Glória meneses -Marta
Guto Franco-Guilherme
Heloísa Raso-Arlete
Ida Gomes-Branca
Isabel Ribeiro-Lúcia
Jacira Silva-Nair
João Paulo Adour-Rogério
Lajar Muzuris
Leonardo Villar-Edgar
Lídia Bondi-Estela
Lourdes Mayer-Olímpia
Marcos Andreas-Paulinho
Marcos Paulo-Orlando
Maria das Graças-Jacira
Maria Fernanda-Mafalda
Midori Tange-Midori
Miriam Fischer
Ney Latorraca-Sérgio
Otávio Augusto-Henrique
Paulo Gonçalves-Caio
Pepa Ruiz-Maria
Reginna Viana-Dorotéia
Reginaldo Vieira
Ricardo Garcia-Bento
Roberto Pirilo-Mário
Rubens de Falco-Agenor
Ruth de Souza-Albertina
Sebastião Vasconcelos-Francisco
Suely Franco-Laís
Teresa Rachel-Débora
Tonico Pereira-Homem
Tony Ferrreira-Grandalhão
Walmor Chagas-Gilberto
Yara Cortes-Carmem
Yoná Magalhães-Kátia
Ziembinski-Professor

Fonte:Wikipédia,Dramaturgia Brasileira,Memória da Globo

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