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segunda-feira, 5 de março de 2012

Clara Nunes

Pedido em Homenagem do Blog Clara Nunes



Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, conhecida como Clara Nunes (Paraopeba, 12 de agosto de 1942Rio de Janeiro, 2 de abril de 1983), foi uma cantora brasileira, considerada uma das maiores intérpretes do país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda. Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravaria canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos.

Em 5 de março de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reação alérgica a um componente do anestésico. Clara sofreu uma parada cardíaca e permaneceu durante 28 dias internada na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Neste ínterim, a cantora foi vítima de uma série de especulações que circulavam na mídia sobre sua internação, entre elas "inseminação artificial, aborto, tentativa de suicídio, surra de seu marido Paulo César Pinheiro", em episódio semelhante ao ocorrido na morte de Elis Regina, no ano anterior.

















Na madrugada do sábado de Aleluia de 2 de abril de 1983, a poucos meses de completar 40 anos, Clara Nunes entrou oficialmente em óbito, vítima de um choque anafilático. A sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro na época foi arquivada, o que geraria por muitos anos suspeitas sobre as causas da morte da cantora. O corpo da cantora foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. O sepultamento no Cemitério São João Batista foi acompanhado por uma multidão de fãs e amigos. Em sua homenagem, a rua em Madureira onde fica a sede da Portela, sua escola de coração, recebeu seu nome.





Caçula dos sete filhos do casal Manuel Ferreira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes, Clara Nunes nasceu no interior de Minas Gerais, no distrito de Cedro - à época pertencente ao município de Paraopeba e depois esse distrito virou cidade e foi emancipado com o nome de Caetanópolis, onde viveu até os 16 anos.




Marceneiro na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, o pai de Clara era conhecido como Mané Serrador e também era violeiro e participante das festas de Folia de Reis. Mas Manuel morreu em 1944 e, pouco depois, Clara ficaria também órfã de mãe e acabaria sendo criada por sua irmã Dindinha (Maria Gonçalves) e o irmão José (conhecido como Zé Chilau). Naquela época, Clara participava de aulas de catecismo na matriz da Cruzada Eucarística. Lá também cantava ladainhas em latim no coro da igreja.



Segundo as suas próprias palavras, cresceu ouvindo Carmem Costa, Ângela Maria e, principalmente, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, das quais sempre teve muita influência, mantendo, no entanto, estilo próprio. Em 1952, ainda menina, Clara venceu seu primeiro concurso de canto organizado em sua cidade, interpretando "Recuerdos de Ypacaraí". Como prêmio, ganhou um vestido azul. Aos 14 anos, Clara ingressou como tecelã na fábrica Cedro & Cachoeira, a mesma para o qual seu pai trabalhou.



Teve que se mudar para Belo Horizonte, indo morar com a irmã Vicentina e o irmão Joaquim, por causa do assassinato de um namorado, cometido em 1957 por seu irmão Zé Chilau. Na capital mineira, Clara trabalhou como tecelã durante o dia e fez o curso normal à noite. Aos finais de semana, participava dos ensaios do Coral Renascença, na igreja do bairro onde morava. Naquela época, conheceu o violonista Jadir Ambrósio, conhecido por ter composto o hino do Cruzeiro. Admirado com a voz da jovem de 16 anos, Jadir levou Clara a vários programas de rádio, como "Degraus da Fama", no qual ela se apresentou com o nome de Clara Francisca.

 Mudança de nome



No início da década de 1960, Clara conheceu também Aurino Araújo (irmão de Eduardo Araújo), que a levou para conhecer muitos artistas. Aurino também seria seu namorado durante dez anos. Por influência do produtor musical Cid Carvalho, mudou o nome para Clara Nunes, usando o sobrenome da mãe. Quando solteira se chamava Clara Francisca Gonçalves de Araújo, depois de casada que adotou o sobrenome Pinheiro.



Em 1960, já com o nome de Clara Nunes e ainda como tecelã, ela venceu a etapa mineira do concurso "A Voz de Ouro ABC", com a música "Serenata do Adeus", composta por Vinicius de Moraes e gravada anteriormente por Elizeth Cardoso. Na final nacional do concurso realizada em São Paulo, Clara Nunes obteve o terceiro lugar com a canção "Só Adeus" (de Jair Amorim e Evaldo Gouveia).



A partir daí, Clara Nunes começou a cantar na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Durante três anos seguidos foi considerada a melhor cantora de Minas Gerais. Ela também passou a se apresentar como crooner em clubes e boates na capital mineira e chegou a trabalhar com o então baixista Milton Nascimento - àquela altura conhecido como Bituca.



Naquela época, fez sua primeira apresentação na televisão, no programa de Hebe Camargo em Belo Horizonte. Em 1963, Clara Nunes ganhou um programa exclusivo na TV Itacolomi, chamado "Clara Nunes Apresenta" e exibido por um ano e meio. No programa se apresentavam artistas de reconhecimento nacional, entre os quais Altemar Dutra e Ângela Maria.[2]



Viveu em Belo Horizonte até 1965, quando se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente para Copacabana.
 
 
Discografia



1966 - A Voz Adorável de Clara Nunes (Odeon) 4.127 cópias vendidas

1968 - Você Passa e Eu Acho Graça (Odeon) 7.542 cópias vendidas

1969 - A Beleza Que Canta (Odeon) 5.856 cópias vendidas

1971 - Clara Nunes (Odeon) 158.710 cópias vendidas

1972 - Clara Clarice Clara (Odeon) 164.542 cópias vendidas

1973 - Clara Nunes (Odeon) 250.120 cópias vendidas

1974 - Brasileiro Profissão Esperança (Odeon) 219.010 cópias vendidas

1974 - Alvorecer (Odeon) 784.028 cópias vendidas

1975 - Claridade (Odeon) 1.125.410 cópias vendidas

1976 - Canto das Três Raças (EMI-Odeon) 1.285.058 cópias vendidas

1977 - As Forças da Natureza (EMI-Odeon) 809.047 cópias vendidas

1978 - Guerreira (EMI-Odeon) 1.011.005 cópias vendidas

1979 - Esperança (EMI-Odeon) 900.485 cópias vendidas

1980 - Brasil Mestiço (EMI-Odeon) 2.002.450 cópias vendidas

1981 - Clara (EMI-Odeon) 811.587 cópias vendidas

1982 - Nação (EMI-Odeon) 1.254.998 cópias vendidas



 Ao Vivo



2008 - Poeta, Moça e Violão (com Vinícius de Moraes e Toquinho) (Biscoito Fino) CD



 Coletâneas



1979 - Sucessos de Ouro (EMI-Odeon) 573.568 cópias vendidas

1983 - Clara Morena (EMI-Odeon) 489.656 cópias vendidas

1984 - Alvorecer (Som Livre) 501.254 cópias vendidas

1984 - A Deusa dos Orixás (Som Livre) 415.074 cópias vendidas

1985 - Clara (EMI-Odeon) 480.081 cópias vendidas

1989 - O Canto da Guerreira (EMI) 400.456 cópias vendidas

1990 - O Canto da Guerreira Vol.2 (EMI) 500.125 cópias vendidas

1993 - 10 Anos (Som Livre) 200.425 cópias vendidas

2003 - Para Sempre Clara

2005 - Clara Nunes Canta Tom e Chico

2007 - Mestiça (EMI)

2008 - Sempre (Som Livre)



Tributos



1995 - Clara Nunes Com Vida (EMI) - Vários Artistas 205.855 cópias vendidas

1999 - Claridade (Globo/Universal) - Alcione

2003 - Um Ser de Luz - Uma Saudação a Clara Nunes - Vários Artistas



 DVD



2008 - Clara Nunes (EMI - Globo Marcas) - Coletânea com alguns dos videoclipes da cantora exibidos no programa Fantástico - Rede Globo

 

Fonte:Wikipédia

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