Patricia Marx

A cantora Patricia Marx marcou os anos 80 e 90 com suas atuações de grande sucesso. Era apenas uma menina de nove anos, mas teve grande destaque no Festival Internacional da Criança, do SBT, onde gravou uma coletânea do próprio festival. No concurso Patrícia conheceu Luciano, com quem formou uma dupla e gravou o disco Clube da Criança, com participações de Xuxa e do palhaço Carequinha. No ano seguinte, em 1983, outro integrante entra em cena formam o grupo infanto-juvenil “Trem da Alegria”. O grupo teve um sucesso estrondoso e vendeu mais de 2,5 milhões cópias no Brasil. Em 1987, Patricia parte em carreira solo e grava mais três discos pela BMG. Mostrando ainda mais o seu talento e se firmando no cenário musical brasileiro com sua bela voz. Na adolescência, Patricia fez um disco para o mercado japonês o cult "Neoclássico", em que interpretava standards da música brasileira, de Pixinguinha a Tom Jobim, de Noel Rosa a Rita Lee. Foi em 1995 que Patricia incorporou o “Marx” em seu nome artístico e em seguida gravou mais três álbuns pela Lux Music – selo independente de Nelson Motta - radicado em Nova York, caracterizando outro estilo de cantar o pop dançante. Em 98, em conseqüência de seus grandes sucessos na mídia, Patrícia viajou para os EUA e mais nove cidades do Japão para divulgar outro trabalho, intitulado “Charme do Mundo”. No mesmo ano foi lançada uma compilação com alguns dos melhores momentos da cantora em toda a sua carreira, o Millenium. Após esse disco a cantora fica fora dos palcos por quatro anos. O amadurecimento como mulher faz Patricia casar-se e teve um filho. A pausa na carreira foi importante para refletir e reciclar as idéias. Assim surgiu uma nova Patrícia Marx e lançou seu penúltimo álbum, o divisor de águas "Respirar", que sinaliza um amadurecimento como mulher e como artista. Esse salto aconteceu mediante a incorporação de elementos eletrônicos inéditos, até então à música brasileira que ela pratica. Além de aparecer pela primeira vez como compositora e também como produtora. Outros produtores bastante presentes dessa nova fase são os ingleses da música moderna européia como 4hero, Bruno E, marido e produtor musical da cantora e Mad Zoo, da cena hip hop paulistana. Em seu último CD, intitulado "Patricia Marx", a cantora mostra um trabalho focado em uma nova escola da soul music mundial, conhecido lá fora como Neo Soul ou Nu Soul, trazendo a sua leitura do tempo em que viveu em Londres. Em contato com grandes produtores importantes da indústria inglesa, Patricia se apaixonou pela cena em que estava vivenciando de perto. Somando seus mais de 20 anos de carreira, Patricia Marx revela hoje que é dona se si. Sua voz sweet and jazzy, permite que Patricia Marx fique confortável em passear por ritmos como samba, jazz e até mesmo o minimalismo eletrônico. Todas estas firmações fazem da cantora uma artista completa. Ela assume todas as responsabilidades escolhendo o próprio repertório, dirigindo sua carreira, compondo, tocando e até fazendo arranjos. Com toda essa bagagem musical, quem ganha é o público. Sem medo de experimentar o novo, Patricia parece ser a única artista dentro da história da música brasileira a passear livremente por vários estilos sem perder a identidade, o frescor, a sofisticação e a qualidade vocal e musical. Por isso, a cantora tem atuado com diferentes projetos. Firmando sua paixão por jazz e samba, Patricia também apresenta o projeto "Tributo a Elisete Cardoso e Billie Holiday". Uma releitura contemporânea das canções de duas importantes cantoras que marcaram suas épocas. Um diálogo entre o jazz e o samba e vice-versa. Patricia absorveu boas influências musicais desde criança. Já ouvia em sua casa os mais importantes nomes da música como Miles Davis, Billie Holiday, Debussy, Tom Jobim, João Gilberto, Dave Brubeck, Ella Fitzgerald e Astrud Gilberto. Contudo, foi na casa de sua avó que ela conheceu a música brasileira. Ouvia muitos discos de vinil, gravados por Elisete Cardoso, Maysa e Dolores Duran. Para a artista, cantar esse tipo de repertório hoje é como realizar um laboratório para a alma e para o canto. Em sua discografia, Patricia conta com mais de 15 álbuns, sendo dez em carreira solo e cinco quando ainda era uma menina. Muitas canções acabaram se tornando temas de novelas e, muitas outras, fizeram parte também em discos de outros artistas brasileiros. Patricia Marx sabe o que quer e considera-se uma cantora independente de rótulos musicais. A sua voz nos acaricia em todas as notas, mostrando sempre a técnica, sensibilidade e interpretação de uma artista